sexta-feira, 29 de abril de 2011

A BUSCA DE SRI KRISHNA - A MAIS BELA REALIDADE (DE "CIÊNCIA CONFIDENCIAL DE BHAKTI YOGA")

Prossigo postando aqui o texto de CIÊNCIA CONFIDENCIAL DA BHAKTI YOGA, escrito por Sua Divina Graça Srila Bhakti Raksaka Sridhara Deva Goswami Maharaja:




CAPÍTULO DOIS

SANTOS, SAGRADAS ESCRITURAS E GURUS

Os peregrinos têm como propósito escutar as pessoas santas que habitam os lugares sagrados. Segue-se uma conversação entre Srila Sridhara Maharaja e três estudantes europeus, que viajavam pela Índia em busca da verdade.

Srila Sridhara Maharaja: Por que vieram para a Índia?

Estudante: Para peregrinar, viemos visitar os lugares sagrados, como Navadvipa, Vrindavana e Jagannatha Puri. Esta foi a principal razão pela qual viemos à Índia.

Srila Sridhara Maharaja: Com se inteiraram de todas estas coisas? Através de livros?

Estudante: Sim, através dos livros de Srila Prabhupada.

Srila Sridhara Maharaja: Quais livros?

Estudante: O Bhagavad-Gita.

Srila Sridhara Maharaja: Ah! "O Bhagavad-Gita Como Ele É", por Bhaktivedanta Svami Maharaja.
Estudante: Sim.

BHAGAVAD-GITA: "CURA-TE A TI MESMO".

Srila Sridhara Maharaja: Faz muitos anos, um erudito alemão opinou que o Bhagavad-Gita é a literatura espiritual mais elevada. Segundo seu ponto de vista, o Bhagavad-Gita nos aconselha de um modo muito sutil, para que não tentemos retificar o mundo, mas que nos corrijamos para nos adaptar a ele. Esta é a chave do conselho do Bhagavad-Gita: "Cura-se a ti mesmo". Não temos poder para mudar o mundo, isso está estabelecido pela vontade divina. Nosso meio-ambiente, a totalidade das forças que atuam fora de nós são imutáveis. Não temos habilidade para interferir com o mundo; isto seria apenas uma perda inútil de energial, mas podemos mudar a nós mesmos para nos adaptar às circunstâncias externas. Este é o segredo do sucesso na vida ("tat te 'nukampam susamiksamano"). Temos um dever para cumprir, mas não devemos desejar os resultados das nossas atividades; os resultados dependem de Krishna ("karmany evadhikaras te ma phalesu kadacana). Nós constribuímos e, ao mesmo tempo, outros milhares de milhões estão contribuindo, criando o meio-ambiente. Assim, é preciso contribuir com nosso dever, mas o resultado final é disposto pelo Absoluto, temos que aceitá-lo como o melhor. Nossas atividades individuais produzem muitos resultados, mas devemos entender o modo em que a vontade absoluta harmoniza tudo, e em consequência nos adaptar.
Somos apenas responsáveis em desempenhar o nosso dever. Nunca devemos desejar ter um meio-ambiente determinado: o meio-ambiente evoluirá à sua maneira. Não temos o poder para modificá-lo. Mas podemos fazer todo o possível para mudar a nós mesmos e assim poder entrar em harmonia com o mundo.
Jamais nos cabe desfrutar dos resultados de nossa ações. Devemos desanimar porque trabalhamos para um resultado determinado e não o obtemos? Não, devemos prosseguir cumprindo com o nosso dever. Tudo que fazemos deve ser oferecido ao Infinito e Ele moldará os resultados à Sua maneira. Krishna disse: "Nunca desejes que teus atos te proporcionem um resultado concreto. Ao mesmo tempo, não permaneças inativo, não sejas inútil. Continua desempenhando teu dever sem depender de nenhum resultado externo".

Estudante: Temos que lembrar de Krishna enquanto atuamos desse modo?

Srila Sridhara Maharaja: Sim, então poderemos entrar em contato com Krishna e paulatinamente nos daremos conta de que nosso meio-ambiente é amistoso. Quando desaparecem as reações de nossas atividades prévias, entendemos que toda vibração nos anuncia boas-novas. Quando nossa atitude egoísta se desfaz, ficamos envoltos em doces vibrações. Devemos nos desvencilhar de todo o mal que fizermos até agora. Devemos cumprir com nosso dever, sem esperar jamais um resultado definido, mas visando o fruto em favor do Infinito.

DISSOLVENDO O EGO-FALSO

Então chegará o dia em que nosso sentimento egoísta se desvanecerá e em nosso íntimo surgirá, despertando, nosso "eu" real, um membro do mundo infinito, e nos encontraremos em meio às doces frequências desse meio-ambiente. Ali, tudo é doce, a brisa é doce, a água é doce, as árvores são doces; tudo o que encontramos é doce, doce, doce.
O ego interno é nosso inimigo e para dissolvê-lo temos que cumprir com nosso dever, do modo que julgarmos mais conveniente, mas sem esperar nunca uma reação que corresponda àquilo que desejamos. Se adotamos este "karma-yoga", em muito pouco tempo nos daremos conta que o ego-falso, que sempre esperava algo errado, em favor de seus propósitos egoístas, terá desvanecido; o extenso e amplo ego interior terá surgido e estaremos em harmonia com todo o universo. O mundo harmonioso se revelará e a máscara dos desejos egoístas desaparecerá.
A causa do nosso mal não está fora, mas dentro de nós mesmos. Um vaishnava Praramahamsa, um santo do mais elevado nível, considera que tudo está bem e não encontra nada para se queixar. Quando alguém pode perceber que tudo é extremamente doce e prazeiroso, começa a viver no plano da Divindade. Nosso ego-falso produz apenas distúrbios e precisa ser dissolvido. Não deveríamos pensar que o meio-ambiente é nosso inimigo, devemos nos esforçar por perceber a graça divina em tudo que nos acontece, inclusive se isso ou aquilo parece ser um inimigo. Tudo é misericórdia do Senhor, mas não podemos ver isso, vemos justamente o contrário, temos terra nos olhos.
Na verdade tudo é divino: tudo é a graça do Senhor: a enfermidade está em nossos olhos. Estamos doentes e se nos curarmos, perceberemos que estamos em um mundo magnânimo. Só a máscara do desejo nos engana, impede que apreciemos a realidade do mundo. Um estudante genuíno da escola devocional adotará esta atitude em relação ao meio-ambiente e ao Senhor. Devemos ter em conta que a vontade de Deus está em toda a parte, nem mesmo um pedacinho de grama pode se mover sem a sanção da Autoridade Suprema. Ele percebe e controla todos os detalhes. Temos que contemplar o meio-ambiente com otimismo: o pessimismo está em nós. Nosso ego é responsável por todo o tipo de males.

FELICIDADE INFINITA

Isto é vaishnavismo. Se pudermos atuar assim, nossa doença se curará em muito pouco tempo e nos encontraremos submersos na felicidade infinita. Atualmente queremos cuidar daquilo que percebemos fora de nós. Pensamos: "Quero que tudo atue de acordo com meu controle, minha doce vontade. Quando tudo me obedecer, serei feliz". Mas temos que adotar a atitude contrária, como Mahaprabhu disse:
"trnad api sunicena, taror api sahisnuna
amanina manadena, kirnaiyah sada harih"
Siksastaka 3
Não devemos opôr resistência ao meio-ambiente: ao contrário, se algo indesejável se nos apresenta, temos que tolerar com nossa máxima paciência e, inclusive, se alguém nos ataca, não devemos ser violentos, devemos mostrar a mais extrema tolerância. Devemos honrar a todos, mas não devemos buscar a honra.
Deste modo, com rapidez e com a mínima energia gasta, podemos alcançar a meta mais elevada: o plano onde Krishma mesmo vive. Esse é o plano essencial da existência. Nesse momento todos os revestimentos que cobrem a alma se desvanecerão, deixarão de existir; o ego verdadeiro despertará e descubrirá que está nadando em uma doce onda, dançando e se divertindo em Vrindavana, com Krishna e seus devotos. E que é Vrindavana? Não é uma fábula nem um conto. O plano mais amplo e extenso de todo o universo é feito de beleza, doçura e bem-aventurança, e em Vrindavana se encontram estas qualidades em toda sua plenitude. Temos que mergulhar profundamente nesse plano da realidade.
Nosso ego nos coloca à tona da superfície dos problemas, em "maya", a ilusão. A especulação e a busca egoísta de satisfação nos enganou e devem se desintegrar de uma vez por todas. Então surgirão de dentro de nós, nossos egos iluminados e nos daremos conta de que estamos na esfera da dança feliz, com Krishna, em Vrindavana.

AUTODETERMINAÇÃO HEGELIANA

Na linguagem de Hegel isto se chama "autodeterminação". Autodeterminação quer dizer que devemos morrer para viver. Temos que abandonar nossa vida material e todos nossos hábitos materiais. Se desejamos viver na verdade, nosso modo de ser atual terá que morrer. Teremos que renunciar ao nosso ego-falso. No ego-falso se acumulam, em formas sutis, nossos hábitos materiais provenientes de diversos nascimentos, não só a experiência adquirida em nascimentos humanos, mas também em nascimentos animais, nascimentos como árvores e tantos outros nascimentos. Consciência de Krishna significa a dissolução total do ego-falso. Essa figura egoísta e inventada que há dentro de nós é nossa inimiga. O verdadeiro eu está enterrado, sem esperança, sob o ego-falso, tão profundo no abismo de nosso esquecimento, que nem sequer sabemos quem somos. Assim pois, como disse o filósofo alemão Hegel, devemos "morrer para viver".
A realidade existe por si mesma e para si mesma. O mundo não foi criado para nossos fins egoístas; há um propósito universal, do qual somos parte e porção; precisamos nos afinar com o Todo. O Todo Absoluto é Krishna e Ele está dançando, brincando e cantando a seu próprio modo. Temos que entrar nessa dança harmoniosa.
Sendo infinitesimais, deveriamos pensar que podemos controlar o infinito? Que tudo se desenvolverá segundo nossos caprichos? Esta é a idéia mais odiosa e malvada jamais concebida e esta doença nos ataca. Este é o verdadeiro problema da sociedade e nossa busca deveria estar dirigida à sua solução.

Estudante: Isto significa que devemos renunciar por completo à vida material?

Srila Sridhara Maharaja: Não de uma vez. Cada um deve progredir de uma maneira gradual, de acordo com o seu próprio caso. Se alguém que tem muita afinidade pela vida mundana, a abandona de repente, pode não manter seus votos e cair de novo. Por consequência, devemos progredir pouco a pouco, de acordo com nossa capacidade pessoal. Isto deve ser levado em consideração. Mas também devemos estar sempre ansiosos por abandonar tudo e nos dedicar, com exclusividade, ao mais elevado dever. Aqueles que têm suficiente valor saltarão ao desconhecido, pensando: "Krishna me protegerá, estou saltando em nome de Deus. Ele está em todas as partes e me receberá em seu colo". Alguém que está verdadeiramente ansioso por encontrar a verdade, pode saltar com esta idéia.

Estudante: Eu tenho um problema. Durante dez anos tenho tentado seguir este processo. Durante dez anos não comi carne, ovos, nem peixe. Evito as coisas materiais, não tenho atração por elas. Deixei tudo isso para trás, mas há algo que quero, mas não posso deixar: a maconha.

Srila Sridhara Maharaja: Isso é algo minúsculo. Há três verdadeiras dificuldades: a primeira são as mulheres; a segunda, o dinheiro e a terceira, a fama e o prestígio. Estas três são nossas inimigas. A intoxicação com maconha é algo minúsculo, qualquer um pode deixá-la facilmente. Mas equelas três coisas são o desejo de todo animal, árvore, pássaro, homem ou semideus. Estão em todas as partes, mas a intoxicação e outros hábitos passageiros são coisas muito insignificantes, que podem ser vencidas com grande facilidade.
O hábito de nos intoxicar é adquirido pouco a pouco e do mesmo modo, temos que deixá-lo de um modo gradual, não de repente. Pouco depois da Segunda Guera Mundial, lemos nos jornais que Goering, um general da aviação hitleriana, estava habituado a se intoxicar muito. Mas quando foi encerrado no cárcere, não lhe deram intoxicantes. Ele ficou doente, mas o tratamento seguiu seu curso e ele ficou curado. A medicina curou sua doença. Também vemos muitos consumidores de ópio que vieram ao Templo e deixaram seu hábito pouco a pouco.
Muitos supostos "sadhus" fumam maconha. Ajuda a concentração, mas isto se refere à mente material, na verdade perturba a fé; é inimiga da fé. Só a fé pode nos levar à meta desejada, não a intoxicação material. As almas desencaminhadas acreditam que a maconha, o haxixe e tantas outras coisas, podem nos ajudar em nossa meditação. Pode ser que ajudem em alguma coisa, mas isso é material e nos frustará na hora da verdade. Estas coisas não nos podem ajudar para uma elevação efetiva.

O SEXO, A INTOXICAÇÃO E O OURO

O Srimad-Bhagavatam (1.17.38) nos aconselha a rejeitar cinco coisas: "dyutam", o jogo ou a diplomacia; "panam", a intoxicação, incluindo o chá, café, bétel e tudo mais; "striyah", as relações amorosas ilícitas; "suna", a matança de animais; e as transações com ouro. Os negócios com ouro nos tornam desinteressados para com o progresso na linha da fé. Estas cinco coisas são muito tentadoras.
Dizem que o vício da intoxicação nos ajudará na meditação sobre o trancendental. Devarsi Narada disse: "yamadibhir yoga-pathaih kama-lobha-hato muhuh", "inclusive o que adquirimos por meio da meditação é temporal e carece de efeito permanente. Só a verdadeira fé na linha da devoção nos pode ajudar".

SANTOS: ESCRITURAS VIVAS.

Estudante: Então, de que maneira podemos desenvolver fé na Consciência de Krishna?


Srila Sridhara Maharaja: Como formaram um conceito da Consciêcia de Krishna?

Estudante: Lendo o Bhagavad-Gita.


Srila Sridhara Maharaja: O Bhagavad-Gita. A partir das Sagradas Escrituras. E quem as escreveu? Algum santo, ou seja, tanto a associação com os santos como os conselhos das Escrituras são necessários. O santo é a Escritura viva e as Escrituras nos aconselham de um modo passivo. Um santo pode nos aconselhar de uma maneira ativa e, de uma forma passiva podemos receber o benefício das Escrituras. A associação com as Sagradas Escrituras e os santos pode nos ajudar a alcançar a realização mais elevada: "sadhu sastra krpaya haya". Os santos são mais poderosos. Aqueles que vivem a vida recomendada pelas Escrituras são a personificação das mesmas. Em sua associação e por sua graça, podemos nos embeber com esse elevado conhecimento sutil e de fé.
Na busca pelo destino final, todas as nossas experiências são inúteis: só a fé pode nos levar lá. O mundo espiritual está muito, muito além da jurisdicção da nossa limitada experiência auditiva, visual e mental. A experiência dos olhos, dos ouvidos e da mente é muito exígua e limitada, mas a fé pode elevar-se, atravessar esta área e entrar na esfera transcendental.
A fé deve se desenvolver com a ajuda das Escrituras e dos santos, os quais nos ajudam a compreender que o mundo espiritual é real e este mundo material, irreal. Nesse momento este mundo material será para nós a noite e o mundo espiritual será o dia. Agora o mundo eterno é para nós obscuridade e estamos despertos para este mundo mortal. O que é noite para uns é dia para outros. Um santo é consciente de algo e um ladrão está trabalhando em outro nível. Vivem em dois mundos distintos. Um cientista vive em um mundo e um polêmico em outro nível. O dia de um é a noite do outro. As pessoas comuns não podem ver o que Einstein e Newton viram e um grande homem ignora o que vê uma pessoa comum. Assim, temos que despertar nosso interesse pelo plano superior e ignorar os interesses deste mundo material.

A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL: DEIXE QUE ACONTEÇA.

Estudante: Muita gente se preocupa com a guerra nuclear: crêem que pode ocorrer muito em breve.


Srila Sridhara Maharaja: Isso é um ponto em uma linha, uma linha que está em um plano, um plano dentro de um sólido. Tantas vezes as guerras começam e terminam; tantas vezes o Sol, a Terra, os sistemas solares desaparecem e voltam a surgir. Eternamente estamos presos em tal sistema. Esta guerra nuclear é um ponto diminuto. Que importa? Muitos indivíduos morrem a cada momento, a terra morrerá, todo o gênero humano desaparecerá. Deixe que venha.
Devemos buscar viver na eternidade, não em uma porção determinada de tempo ou espaço. Temos que nos preparar para nosso benefício eterno, não para algum remédio temporal. O sol, a lua e todos os planetas, aparecem e se desvanecem; morrem e são criados de novo. Temos que viver nessa eternidade. A religião versa este aspecto de nossa existência, nos diz que contemplemos as coisas sob essa perspectiva: não só este corpo, mas também a raça humana, os animais, as árvores, toda a Terra, inclusive o Sol, todos se desvanecerão e surgirão de novo. Criação, dissolução, criação, dissolução... continuará para sempre no domínio das concepções errôneas. Ao mesmo tempo, há outro mundo que é eterno. A religião pede que entremos ali, que façamos nosso lugar nesse plano superior, no qual não entra as faces da morte, nem se experimenta mudança alguma. No Bhagavad-Gita (8.16) se declara:
"abrahma-bhuvanal lokah, punar avartino 'rjuna
mam upetya tu kaunteya, punar janma na vidyate"
"Inclusive o Senhor Brahma, o mesmo criador, tem que morrer. Até em Brahma-loka, o planeta mais elevado do universo, toda energia material sofre estas mudanças".
Mas se podemos atravessar a região dos conceitos errôneos e entrar na área da compreensão apropriada, então não há criação, nem dissolução. Aquela é eterna e somos filhos dessa terra. Nossos corpos e mentes são filhos desta terra que vai e vem, que é criada e morre. Temos que escapar deste mundo mortal.

ZONA DE NÉCTAR

Se estamos em semelhante lugar, que há por fazer? Trate de escapar, faça todo o possível para sair desta zona de morte. Os santos nos dizem: "Volte para casa, querido amigo, vamos para casa. Por que sofres tanto sem necessidade, em uma terra estranjeira? O mundo espiritual é real; este mundo material é irreal, surgindo e se desvanecendo, aparecendo e desaparecendo. É uma farsa! Do mundo da farsa, devemos ir para o mundo da realidade". Aqui, neste mundo material, não haverá somente uma guerra, mas guerra atrás de guerra, guerra atrás de guerra.
Há uma zona de néctar e na realidade somos filhos desse néctar que não morre ("srnvantu visve amrtasya putrah"). De um modo ou de outro, estamos perdidos aqui, mas na realidade somos filhos dessa terra eterna, onde não há nascimento, nem morte. Temos que nos aproximar dela com um coração amplo, aberto. Isto é o que declaram Sri Caitanya Mahaprabhu, o Bhagavad-Gita, os Upanisads e o Srimad-Bhagavatam: todos confirmam a mesma coisa. Esse é nosso doce, doce lar, e devemos fazer todo o possível para retornar a Deus, para voltar para casa, e levar os outros conosco.

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