domingo, 30 de maio de 2010

Arrasto os pés neste corpo cansado
No longo, sofrido, caminho infindo...
Da estrada à margem choro e ando rindo,
Com amigos e estranhos vou lado a lado.

Quando insano corro e desesperado
Busco o horizonte achar, sinto partindo
Os sonhos... E o brilhante sol, mais lindo
Surja, encontra-me mais triste e enfastiado!

E assim vou, as mãos postas em oração,
Por vezes rilhados dentes dispostos
À luta inevitável da sobrevida...

Minha própria imagem é inimiga,
E foge minha alma dos decompostos
Deste corpo que ao fim, enfim restarão.

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