domingo, 13 de janeiro de 2008

NADA ENCANTA MAIS...

Nada encanta mais
Que o olhar cheio de estrelas
De uma criança em noite clara
Que sonha o infinito, olhando o céu.
O vira-lata ladeia em recato
Pouco e pouco o marulhar das ondas,
A lua espalha a prata na espuma
E nossos sonhos viajam insones...
Estranho instante este de sol a pino
Que se põe em nossos corações a qualquer hora,
Uma esperança esganiçada, encarna súbito
Nas entranhas, algo como angústia de anjos:
Mesmo à soleira do inferno agraciamos,
Mesmo à beira do promontório quase voamos
Braços abertos, saltamos o Escuro
Sabendo que lá de onde não alcança a vista
Há a Luz.

Nenhum comentário: