segunda-feira, 5 de abril de 2010

Chico Xavier - O Filme


Não vi ainda o filme, pretendo assisti-lo e, de antemão, sei que vou me decepcionar. Sem demérito ao Daniel Filho, um ótimo diretor, ou aos atores, protagonistas e coadjuvantes, sei que, por mais perfeito tenha sido realizado o filme, o mesmo não fará jus à personalidade de Francisco Cândido Xavier.

Chico Xavier, de tão humilde, parece ter escolhido o mesmo dia em que o Brasil foi campeão de futebol para morrer, como quem quer sair de "fininho", sem chamar muito a atenção... mas não adiantou muito.

A estatura do homem ultrapassou a própria doutrina que pregava. Se Alan Kardec elaborou os fundamentos doutrinários do Espiritismo, Chico lhe fortaleceu o fundamento moral. Não há opositor da doutrina espírita que, no auge da discussão, na fúria de seus argumentos, diante da figura de Chico Xavier abra um parêntesis: "nada tenho contra esse homem..."

De fato. A par de décadas de mediunidade em que não foi pilhado em uma só fraude (e isso seria de se esperar, caso não fosse um dom verdadeiro, pois não houve médium na história mais vigiado por opositores), Chico iluminava o fenômeno mediúnico com a prática da caridade, do amor ao próximo, mostrando a que veio, na realidade, a doutrina espírita.

Quem quer que tenha objeções no que se refira aos espíritos, ou à reencarnação, ou a qualquer outro ponto controverso do espiritismo, não poderá nunca, jamais, objetar à mão estendida ao próximo, ao pão caridosamente distribuído para quem tem fome, ou ao agasalho para quem tem frio.

Chico nos mostrou isso. Que seu exemplo frutifique.

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